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Disrupção dos padrões comportamentais na era Digital.

in: André Alves

Entender que o futuro é agora se torna primordial para acompanharmos a evolução tecnológica e comportamental na qual estamos vivendo. Nos últimos 20 anos, produzimos mais conteúdo do que em toda a nossa trajetória civilizatória e avançamos tecnologicamente mais do que em todo o período da revolução industrial. Este contexto de expressivas mudanças ambientais está diretamente ligado às nossas alterações comportamentais.

As relações estão cada vez mais dinâmicas, sejam elas afetivas, sociais ou até mesmo intelectuais. A minha fotografia sobre este tema, nada tem haver com o saudosismo de um millennials (também conhecido como geração Y, ou aquele que nasceu na década de 80). A grande sacada é entender que a disrupção dos padrões comportamentais é algo real, e certamente você está inserido neste processo, queira ou não!

Quando as Novas Tecnologias Levam Empresas ao Fracasso
O Dilema da Inovação

Em sua primeira edição de 1997 – O Dilema da Inovação de Clayton M. ChristensenVeja o site do autor

já trazia à tona o assunto da inovação disruptiva, onde grandes empresas com toda a sua expertise estratégica, poderiam fracassar por não prestarem a devida atenção aos padrões comportamentais, deixando assim de descobrir novos mercados.

Trazendo para uma realidade mais próxima, podemos relembrar o surgimento do Youtube em 2005, com a sua proposta de ser um canal de vídeos caseiros na internet.
É bem provável que na época, as grandes emissoras de tv e os multimilionários estúdios de Hollywood não teriam dado importância a este novo modelo de entretenimento, que se tornaria mais tarde uma das plataformas audiovisuais mais expressivas do mundo. Diferente do Google que possui em seu DNA uma visão mais alinhada com este novo modelo empresarial, e prontamente se movimentou para arrematar por pouco mais de 1 bilhão de dólares a promissora startup dos antigos funcionários da Paypal.

Podemos citar diversos outros modelos de negócios que foram engolidos por uma demanda, até então inexistente ou quem sabe não observada, casos como o da Kodak, Blockbuster, Olivetti e porque não do Facebook nos próximos capítulos?

No âmbito social é que as mudanças são mais perceptíveis e igualmente conflitantes, afinal, ao mesmo tempo que trazemos em nossa recente memória, um mundo analógico, somos apresentados sem muitas honrarias a uma nova dimensão digital.

Faith Popcorn http://www.faithpopcorn.com/ já anunciava em seu prestigiado livro – O Relatorio popcorn (1993) a formação de clãs, encalusamento, 99 vidas, entre outras previsões que mais tarde se tornariam uma realidade muito presente, principalmente nas relações comunicativas. Podemos afirmar que o boom das redes sociais, protagonizado pela vinda do Orkut em 2004 foi o precursor para toda essa bagunça organizada. Hoje, nos relacionamos afetivamente através de mensagens e apps, fazemos reuniões via hougout com participantes em qualquer canto do mundo e nos desopilamos frente a uma mídia  social qualquer.

Realmente, é uma tarefa de alta complexidade prever tendências comportamentais  e tecnológicas  coerentes, nos dias de hoje, mas deixo aqui uma dica preciosa para ao menos amenizar este choque transitório: os movimentos são desenvolvidos por pessoas, as necessidades são objetivadas por pessoas, portanto, olhe menos para ferramentas e processos e comece a enxergar mais as pessoas.

André Alves,

Publicitário pós-graduado em Marketing de Serviços pela FAAP com especialização em Marketing Digital de Alta Performance pela ComSchool. Head de Planejamento da BDB Agency, gestor estratégico da Linkys Marketing Digital e parceiro estratégico da Marketing Minuto - assessoria especializada.